Programa “Ações Afirmativas” debate acessibilidade e integração de pessoas com deficiência na cultura

On-line e gratuito, o evento tem duração de três dias e a programação é composta por debates, oficinas e apresentação de documentário-espetáculo

A Fundação Clóvis Salgado, por meio do Centro de Formação Artística e Tecnológica – Cefart, realiza a terceira edição do programa “Ações Afirmativas”, que em 2021 aborda o tema acessibilidade na cultura. O evento, que será on-line e gratuito, acontecerá no período de 17 a 19 de novembro.

Com curadoria dos produtores culturais Lais Vitral e Daniel Vitral, a programação é composta por debates, oficinas e pela exibição do documentário-espetáculo “Ciranda de Retina e Cristalino”, da Cia. Dança sem Fronteiras. Todos os debates e oficinas serão conduzidos por artistas, pesquisadores e especialistas no tema e contarão com recursos de acessibilidade, como intérpretes de Libras, audiodescrição e legendas. Os debates e o documentário-espetáculo serão transmitidos para o público pelo canal de YouTube da FCS. Já as oficinas são exclusivas para os participantes que serão selecionados por meio de um processo seletivo.

 

 

Foco na acessibilidade

 

Após promover discussões fundamentais para a comunidade afro-brasileira nos anos 2019 e 2020, a terceira edição do programa “Ações Afirmativas” visa fortalecer o debate da acessibilidade na cultura para pessoas com deficiência. Segundo o gerente de extensão do CEFART, Fabrício Martins, a escolha do tema tem como objetivo tornar a escola “ainda mais inclusiva e aberta às diversidades”.

Para a curadora do evento, Lais Vitral, é urgente a integração das pessoas com deficiência em todos os âmbitos culturais. “Não podemos mais ficar indiferentes às questões de diversidade, inclusão e representatividade. De acordo com o Censo de 2010 feito pelo IBGE, o Brasil possui cerca de 24% da população com algum tipo de deficiência, seja ela mais leve ou mais grave. Não dá mais para vivermos num cenário de ações exclusivas e capacitistas”, defende a curadora.

Lais conta que a curadoria do programa partiu do princípio de que a acessibilidade ainda é pouco discutida. Logo, o evento foi configurado para apresentar o assunto ao público leigo, abordando a acessibilidade por várias perspectivas, desde os recursos necessários para tornar o espaço físico acessível para pessoas com diferentes tipos de deficiência até a forma correta e empática de atender esse público nos espaços culturais.

Oficinas e documentário-espetáculo

Fernanda Amaral, diretora da Companhia Dança Sem Fronteiras, irá ministrar a oficina prática de “Introdução ao método de DanceAbility e à metodologia de criação da Cia Dança sem Fronteiras”. De acordo com a diretora, a oficina é voltada para o público em geral porque a metodologia “trabalha com a diversidade dos corpos e integra todas as pessoas – com deficiência e sem deficiência – na dança”.

O evento será finalizado com a exibição do documentário-espetáculo “Ciranda de Retina e Cristalino” – disponibilizado em duas versões, uma que conta com recursos de audiodescrição e outra com recursos de Libras e legendas. Realizada durante o ano de 2020, a obra aborda o trabalho remoto da Cia. Dança sem Fronteiras a partir de diversos personagens – muitos deles com baixa visão – que se unem em uma só coreografia formada por diversos corpos e olhares que os levam a uma grande ciranda da memória.

Além do curso ministrado por Fernanda Amaral, o programa oferecerá também a oficina “Teatro Audiodescritivo – Criação de Cenas Autorais Curtas”, ministrada pela idealizadora da Cia. Fluctissonante, Helena de Jorge Portela, e pela consultora em audiodescrição, Suzana Portal. Esta oficina trabalha a composição cênica através de exercícios introdutórios ao teatro, utilizando principalmente a metodologia empregada nas criações da Cia. Fluctissonante, que recentemente iniciou suas pesquisas acerca da ideia de dramaturgia descritiva.

Cada oficina terá uma turma e as aulas acontecem nos dias 18 e 19 de novembro, com o acompanhamento de intérpretes de Libras. Serão ofertadas 20 vagas por curso. Para participar das oficinas é necessário realizar a pré-inscrição por meio do site da Sympla, cujo prazo vai até o dia 16 de novembro, às 18h. Depois, é só aguardar o resultado do processo seletivo. Os selecionados serão notificados por e-mail no dia 17 de novembro.

O Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam o programa Ações Afirmativas. O evento tem correalização da APPA – Arte e Cultura, patrocínio máster da Cemig, AngloGold Ashanti e Unimed-BH / Instituto Unimed-BH, por meio das Leis Estadual e Federal de Incentivo à Cultura, e patrocínio ouro da Codemge – Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais.

A Fundação Clóvis Salgado é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult) que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e de cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.

Acesse a programação completa AQUI.

 

 

Saiba mais no site www.secult.mg.gov.br
Fotos: Silvia Machado
FONTE: www.secult.mg.gov.br