Produtores se manifestam contra enredo da Imperatriz Leopoldinense que critica o agronegócio
O samba enredo da escola “Imperatriz Leopoldinense”, que neste Carnaval tem como tema “Xingu – O clamor que vem da Floresta” gerou revolta no setor do agronegócio brasileiro. A música faz uma crítica contundente aos donos de terra: “O belo monstro rouba as terras dos seus filhos, devora as matas e seca os rios, tanta riqueza que a cobiça destruiu, Sou o filho esquecido do mundo, minha cor é vermelha de dor, o meu canto é bravo e forte, mas é hino de paz e amor”.
O Sindicato Rural de Catalão, entidade que representa a classe agropecuária repudia veementemente este samba enredo. A pecuária e a agricultura são os pilares que sustentam o país do samba já que o produtor rural, conotado de “monstro”, é responsável por 22% do Produto Interno Bruto (PIB) Nacional e sozinha a agricultura é responsável por 17,2% do volume das contas regionais.
Marcus Favoreto, presidente do Sindicato Rural de Catalão, afirma que apesar da crise econômica que o Brasil vem enfrentando, o agronegócio que tem assegurado empregos (cerca de 37%) e gerando renda em todas as regiões, sendo o único setor a apresentar saldo positivo em 2016. “O produtor rural é visto como um vilão nesta história e sabemos que não é assim, pois contribuímos para a economia do país, cumprimos o que a legislação nos exige e produzimos para alimentar a população. Foram injustos e desinformados os autores deste samba”, afirma.
Diversas entidades ligadas ao meio também se manifestaram contra o samba enredo, como a Frente Parlamentar da Agropecuária, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu, Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários – ANDAV e Associação Brasileira dos Produtores de Semente de Soja – ABRASS.
Assessoria de Comunicação