“PAI” por Paulo Pazz
Ao meu pai que trabalhou…
Ao meu pai que me carregou
em seu ombro cansado…
Ao meu pai que me sustentou
e exprimiu a minha conduta
no calor de seu peito forte.
Ao meu pai que, franzino,
me mostrou um poder descomunal.
Ao meu pai desalinhado de vaidades
alinhavado aos fios da honestidade.
Ao meu pai que não tirou da própria boca,
mas primeiro deu a mim antes de ter para si.
Ao meu pai com quem convivi tão pouco,
mas que a cada instante juntos
me fez viver um amor denso…intenso.
Ao meu pai que não cantou para eu dormir,
mas embalou os sonhos do meu dia-a-dia.
Ao meu pai que nunca precisou
Me falar de amor
-Tampouco eu também falei-
Mas que, sei, sempre praticou
O verbo AMAR.
Ao meu pai, que um dia também foi filho.
Ao meu pai, em quem me espelho,
dedico meu amor inenarrável.
FOTO: Consolines Paz