Não é só o prefeito que quer saber a população também – por Thais Simões
Onde está escrito que um prefeito não pode indignar-se?
Onde está escrito que um prefeito em nome da população não pode realizar críticas a um membro de uma corporação? Assim como o próprio prefeito é passível de críticas, qualquer membro da sociedade é.
Onde está escrita essa regra?
Em lugar algum e sabem por que? Porque uma sociedade não pode ser reprimida por autoridades que são subordinadas a outras. Muitos não sabem, mas a polícia civil é subordinada aos governadores de estado, não que isso seja taxativo, mas o cidadão tem que saber. Delegados regionais de polícia, são indicados pelo Secretário de Segurança Pública e nomeado pelo chefe do poder executivo (governador do estado).
Houve indignação nas palavras do prefeito Adib Elias? Sim, houve. Mas também houve palavras em defesa dos cidadãos, clamando por justiça, clamando por mais empenho de um membro da corporação na elucidação de crimes graves, nos quais não foram apontados seus respectivos autores.
A menina de 15 anos – Priscila Brenda- desapareceu em 11/12/2012, a pequena Yasmin morreu vítima de violento crime em 11/12/2013, o radialista Claudio Lima sofreu grave atentado contra sua vida em 20/06/2016, foi denunciada a morte de 40 cães por envenenamento em Catalão em 16/04/2017, um ônibus utilizado para transportar os contratados que trabalhavam na campanha política do PMDB na cidade, foi incendiado em 29/08/2016, e entre outros crimes, um dos mais graves já cometidos na região ocorreu em 13/01/2018, o triplo homicídio na fazenda Custódia. E pergunto a vocês: _Apresentaram pelo menos suspeitos desses crimes?
O trabalho da polícia é respeitado pelo prefeito e por todos nós cidadãos, mas como não fazer a comparação na qual Adib Elias fez. Nas suas palavras indignadas ele disse que, “em menos de 2 meses que ocorreu um atentado contra um radialista que trabalha para o deputado do PSDB em Catalão a polícia realizou duas prisões, nas quais os detidos tinham residência e empregos fixos, não possuíam registro na polícia e não obtinham provas suficientes para mantê-los presos. Agora, crimes do passado, parecidos como do radialista Cláudio Lima, e outros de maior gravidade, a população não viu o resultado das investigações”.
Ele disse nada mais, nada menos, o que o povo também quer saber, e ele foi eleito, para representar o povo. #JustiçaÉparaTodos
Por Thaís Simões – Diretora de Comunicação da Prefeitura de Catalão