Governo de Minas recebe a confirmação do envio da candidatura do Queijo Minas Artesanal a Patrimônio Imaterial da Humanidade
O Governo de Minas recebeu ofício confirmando que a candidatura do Queijo Minas Artesanal a Patrimônio Imaterial da Humanidade foi recebida pela Unesco. A campanha, em curso desde março de 2023, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, visa preservar conhecimentos e técnicas na produção de queijo desenvolvidas ao longo dos últimos três séculos por pequenos produtores rurais de Minas Gerais. O reconhecimento internacional irá fortalecer pequenos produtores, a economia familiar e o desenvolvimento econômico, inclusivo e sustentável.
O documento atesta que a candidatura e o plano de salvaguarda foram entregues em 15 de março pela Delegação Permanente junto à Unesco em Paris ao Secretário da Convenção do Patrimônio Imaterial, Tim Curtis, que já começou a avaliar o dossiê. A partir dessa análise, o pleito ‘Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal’ poderá vir a ser inscrito na Lista Representativa do Patrimônio Imaterial da Humanidade na 19ª Sessão do Comitê Intergovernamental da Convenção de 2003, que acontecerá entre novembro a dezembro de 2024.
A entrega é fruto de articulações entre o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Além dessas, somaram forças as Secretarias de Estado de Cultura e a da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais; a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG); a Rede Minas; e a Associação Mineira de Produtores de Queijo Artesanal (Amiqueijo).
As instituições entendem que a produção do queijo artesanal possui papel fundamental em um modo de vida marcado pela importância das relações de vizinhança e por um forte sentido de pertencimento ao plano local. Assim, a candidatura valoriza todo o processo envolvido na produção do queijo em seu contexto familiar, social, ambiental e cultural.
O crescimento do modo artesanal de fazer o queijo ao longo de três séculos, com a ajuda das novas tecnologias para o aperfeiçoamento das técnicas de produção, expandiu o mercado de pequenos municípios. Atualmente, é perceptível a forte presença do queijo na culinária, que o tornou uma iguaria elementar na gastronomia mineira.
A torcida pela candidatura do queijo para a Lista Representativa coloca Minas Gerais como um dos maiores celeiros do patrimônio cultural do país. Além do queijo mineiro, o Brasil tem nove referências culturais candidatas a Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco.
Foto: Acervo/Iepha-MG