Férias de inverno: conheça as melhores práticas para garantir uma viagem tranquila com seu pet
Tutores precisam se atentar à legislação dos países vigentes, às normas das empresas de viagens e aos cuidados básicos para garantir bem-estar ao pet.
Para muitos estudantes e profissionais, o mês de julho é marcado pelas férias de inverno: tempo de descansar, descobrir novos hobbies, visitar a família e os amigos, colocar a leitura em dia e viajar para lugares conhecidos ou inexplorados. No último caso, seja por desejo ou por necessidade, muitos tutores levam seus pets como companheiros de viagem. Essa prática pode gerar boas memórias para ambos, desde que o tutor adote as melhores práticas para garantir que o pet tenha uma experiência tranquila e confortável.
De acordo com a professora do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Una, Ana Luiza Jorge, o primeiro passo é seguir a legislação para transporte de animais. No caso de viagens de carro, por exemplo, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) proíbe o transporte de animais soltos no interior do veículo, no porta-malas ou entre pernas e braços e à esquerda do condutor. Odeslocamento de animais de até 10 quilogramas deve ser realizado em caixas de transporte de material rígido e comboa ventilação, de tamanho adequado para o animal, ou em cadeirinhas para pets, contidas pelo cinto de segurança.
Já quando se trata de viagens realizadas por meio de companhias aéreas ou rodoviárias, é preciso se atentar não somente à legislação do país vigente, mas às normas da empresa que realiza o deslocamento. Exemplo é que, emviagens estaduais e interestaduais, é necessário emitir a documentação de um atestado de saúde, assinado por um médico veterinário, em até 10 dias antes da viagem. Também é necessário levar o cartão de vacinas atualizado, garantindo, especialmente, a vacina antirrábica com validade de no mínimo 30 dias antes do embarque.
“De modo geral, as empresas aéreas e de viação permitem que o animal seja transportado no assento ao lado do tutor, sendo necessário comprar uma poltrona adicional. No entanto, existem empresas que solicitam que o animal seja transportado no bagageiro e medicado durante todo percurso, o que não é recomendado pelos veterinários, uma vez que pode causar prejuízos à saúde do animal”, explica Ana Luiza Jorge. “Sendo assim, é de suma importância consultar previamente as normas da empresa que fará o transporte do pet, para garantir que o mesmo desfrute de bem-estar durante toda a viagem.”
Mas, para além das diretrizes públicas e privadas, os cuidados mais importantes para garantir uma viagem confortável para o cachorro ou o gato são: ofertar a ele um ambiente com boa ventilação, mantê-lo em uma caixa de transporte ou cadeirinha para pet e realizar paradasperiodicamente para hidratação e alimentação, além depermitir que o animal faça suas necessidades fisiológicas.“A dica geral é que o tutor precisa organizar antecipadamente a viagem com seu pet, para que eledesfrute da viagem”, finaliza a veterinária.
E quando o pet é ansioso?
Mesmo que os tutores garantam todos os cuidados básicos, viagens podem ser angustiantes para animais que têmansiedade. De acordo com uma pesquisa realizada pela instituição sem fins lucrativos Guide Dogs, 74% dos cachorros do Reino Unido apresentam sinais de ansiedade e depressão. No Brasil, uma pesquisa realizada pelo Instituto Pet Brasil em 2019 indicou que existem mais de 54 milhões de cães e quase 24 milhões de gatos de estimação no país – mas ainda não existem dados sobre quantos deles são ansiosos.
A ansiedade costuma se manifestar em cães e gatos por meio de latidos excessivos, lambeduras de patas, hiperatividade, comportamentos destrutivos, choros excessivos, automutilações e agressividade. Esse comportamento pode se tornar mais agudo em viagens, gerando coceira, perda de apetite, diarreia, vômitos, respiração ofegante, perda de pelo, rigidez muscular e movimentos repetitivos constantes.
“Animais com comportamento agressivo ou ansioso devem passar por consulta com um médico veterinário. Se a viagem for curta e acabar por gerar mal-estar para o pet e para o tutor, é recomendado que o animal fique em casa, aos cuidados de outra pessoa, como um petsitter. Outras opções são utilizar de medicações que tranquilizam o animal, além de terapias homeopáticas e de manejo para gerar bem-estar durante o percurso”. Vale ressaltar quemedicações e terapias homeopáticas precisam, sempre, ser orientadas por um médico veterinário.
Sobre a Una
Com mais de 60 anos de tradição em ensino superior, o Centro Universitário Una, que integra o Ecossistema Ânima – maior e mais inovador ecossistema de qualidade de ensino do Brasil, oferece mais de 130 opções de cursos de graduação. Foi destaque na edição 2022 do Guia da Faculdade, iniciativa da Quero Educação com o jornal ‘O Estado de São Paulo’, com diversos cursos estrelados em 4 e 5 estrelas. A instituição preza pela qualidade acadêmica e oferece projetos de extensão universitária que reforçam seus pilares de inclusão, acessibilidade e empregabilidade, além de infraestrutura e laboratórios de ponta, corpo docente altamente qualificado e projeto acadêmico diferenciado com uso de metodologias ativas de ensino. A Una também contribui para democratização do Ensino Superior ao disponibilizar uma oferta de cursos digitais com diversos polos de educação.