Escritor Luís Estevam é empossado Diretor da Fundação Cultural Maria das Dores Campos
Cerimônia aconteceu no auditório da Prefeitura Municipal; Estevam prometeu gestão de “reorganização e modernidade” no setor cultural catalano
Na manhã desta segunda, 13/2, o Presidente da Academia Catalana de Letras (ACL), escritor Luís Estevam, foi empossado como novo Diretor Presidente da Fundação Cultural Maria das Dores Campos. A cerimônia teve presença do Prefeito, Adib Elias Júnior, primeira-dama e secretária de Promoção e Ação Social, Adriete Corradi F. F. Elias, secretário de Infraestrutura, engenheiro Luís Severo Braga Gomide, vereador Cláudio Lima, artistas, acadêmicos e comunidade.
O escritor é graduado em jornalismo e economia pela PUC Goiás, tendo mestrado e doutorado em economia pela Unicamp. Estevam também é reconhecido pela publicação de livros e artigos acadêmicos, considerados clássicos nas áreas de economia, história, política e geografia.
Membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, Luís Estevam tem 71 anos, e assume a gestão com grandes desafios, como a reorganização do setor cultural da cidade, conclusão da restauração do prédio histórico da fundação e recomposição do Conselho Municipal de Políticas Culturais.
Representando a Câmara Municipal, o vereador Cláudio Lima lembrou que já esteve com o escritor em mais de 30 ocasiões para falar sobre a história de Catalão. “Quero parabenizar o prefeito Adib Elias pela escolha. Existe a mão e a luva, a mão é o Luís Estevam, a luva é a Fundação Cultural, para respeitar nossas tradições, o nosso folclore, a nossa cultura”, falou.
A primeira-dama disse que é preciso valorizar a diversidade cultural da cidade. “O povo que valoriza sua cultura é um povo que tem memória, Catalão é uma amostra de como é diversificada. Aqui a cultura síria, libanesa, é muito forte, então nós temos que valorizar, Catalão merece, seja bem-vindo”, enfatizou Adriete.
Eixos de trabalho
Em sua fala, o novo gestor da Cultura disse que recebeu a oportunidade com muita honra, mas que também é uma satisfação pessoal, pois passará a integrar um grupo seleto de trabalho que vem operando em Catalão.
Estevam explicou que pretende atuar em três eixos principais: conservação do patrimônio municipal (Prédio da Fundação, Museu Cornélio Ramos, Biblioteca Digital, CEU das Artes, Academia Catalana de Letras, entre outros), aproximação de entidades culturais, como Irmandade do Rosário, Núcleo de Estudos da UFCat, COTEC e outras instituições, e apoio às manifestações artísticas contemporâneas e independentes.
“Nós temos mais de 50 modalidades artísticas em Catalão, tanto na pintura, na literatura, no desenho, no folclore, no artesanato, no teatro, na música, no balé, e tantas outras, essa é a vitrine da nossa cultura”, disse Luís.
Estevam lembrou que a pandemia afetou o setor cultural não só de Catalão, mas de todo o Brasil, e que todas as modalidades necessitam de apoio “tanto que o governo federal criou a Lei Paulo Gustavo [de fomento ao audiovisual] para reparar esse mal”, citou.
O escritor falou ainda do trabalho árduo e dedicado que tem de ser feito na Fundação, com pessoas engajadas, para trabalhar aos sábados, domingos e feriados, com dedicação integral.
“Na cultura, nas tradições, a regra é a mesma, tem que estar sempre se transformando, buscando a modernidade, para adquirir o dinamismo necessário exigido pela população de Catalão”, lembrou.
O prefeito Adib Elias disse que Catalão não é mais uma cidade comum do estado de Goiás, e que esse momento representa a construção de um modelo não só para Catalão ou Goiás, mas também para o Brasil.
“Gostaria de dizer que eu acertei mais uma vez, quando eu percebi que você, junto com todos que estão na cultura, pode escrever umas das mais importantes páginas na história da cultura de Catalão”, concluiu.