Certo dia, depois de uma aula de redação, lendo o texto “Reverência ao Destino”, de Carlos Drummond de Andrade, o qual me chamou muita atenção, decidi, então, escrever o que mais tinha me tocado naquele texto.
Percebi, naquele momento, o quanto é tranquilo mentir para todos, mas é complicado mentir para si mesmo. É descomplicado sorrir ou chorar quando se tem vontade... complicado mesmo é sentir algo e demonstrar outra coisa, como por exemplo quando a gente gosta de alguém e não consegue falar pra pessoa, nem se quer demonstrar um pouco que seja e, por medo de tudo que sente, temos atitudes que afastam a pessoa da gente.
A sociedade atual é cheia de acontecimentos, como, por exemplo, dizer que...
A comunicação entre os seres humanos é estranha, não é? É cada vício de linguagem, cada expressão, cada coisa que até Marcos Bagno duvida! Ele, com as suas teorias sobre preconceito linguístico, jamais leria este texto sem fazer algum comentário. Mas acalme-se, querido Bagno. Como diz o outro, eu só quero contar uma historinha.
Dona Cristina, na semana passada, estava com a mania de dizer “Como diz o outro, ...”. Eu já havia ouvido essa expressão. Na verdade, aqui em Catalão ela é bem corriqueira. Talvez, por este motivo, eu ainda não havia prestado atenção no comentário que vem depois dela.
Veja bem: se o outro diz, existe um “outro”. Mas quem é o outro? De toda forma, existe uma referência....
Há alguns dias, recebi o convite de aniversário da Bia. Lá dizia: “Eu bebo cerveja porque nenhuma história boa começa com ‘eu estava ali comendo uma salada e...’. E não é que ela está certa? Veja bem... muitas das minhas histórias começaram com cerveja (passaram pela canelinha) e terminaram em salada (equilíbrio é tudo, não é, Bianca?). Mas nunca o contrário.
É engraçada essa pré-disponibilidade de fazer amigos quando tem uma cerveja na mesa. E de reencontrar amigos. Já repararam no tradicional “estou com saudades, bora tomar uma?”?. E aí vocês se encontram ali, numa conversa informal na mesa do boteco, os copos meio-cheios meio-vazios, e percebem que todo o tempo em que estiveram separados – por qualquer motivo que...
Silêncio: hoje ela não reclamou dessa "carroça velha".
Dia após dia, ouço, exatamente às sete da matina, que o ônibus é uma carroça. E velha. É fácil decorar o discurso... sempre dito e alto e bom tom. Mas não hoje. Ela entrou em silêncio (finalmente). Confesso, me deixou decepcionada e me fez acreditar que alguma coisa aconteceu. Ela não está bem, essa não é a sua essência. Poderia ser o contrário, a senhora até poderia estar passando por algo enquanto reclamava. Mas tenho fé de que aquele era o seu natural.
Existem pessoas que nasceram para reclamar (e esse texto é uma constatação, não uma reclamação). E o que seria de nós se elas não existissem? Certo, pessoas mais felizes, talvez....
Faltava dez para meia noite. Os fogos de artifício já brilhavam no céu há algumas horas. Pobres gatos e cachorros, idosos e gestantes: os sustos, quando sozinhos, são mais horripilantes. Pobres dos solitários, que não tiveram com quem compartilhar tamanha grandiosidade de uma virada de ano.
Li, qualquer dia desses, em alguma das minhas redes sociais, que o Ano Novo é isso: dar uma nova chance. Chance de perdoar, de fazer melhor, de fazer mais, dar mais, amar mais, de parar com todos os “e se” que soltamos para tantas coisas e aproveitar o que quer que venha a acontecer. Mas o que é isso, se não uma segunda-feira?
Nós sempre estamos começando outra vez,...
A imagem acima circulou as redes sociais essa semana. Ela me fez pensar bastante sobre ser tatuada e conviver com o que a sociedade nos causa. Não é de hoje que me acostumei a responder perguntas como “dói fazer tatuagens?”, “qual o significado desse desenho?”, “quantas tatuagens você tem?” e ouvir aquele comentário clichê “vai virar um gibi!”.
A verdade é que o pensamento deveria ser “se o corpo é do outro, porque a opinião deve ser minha?”. Sério, não está na hora de cuidarmos cada um dos próprios umbigos? Enfim..
Na maioria das vezes, tatuagens são encaradas apenas como um símbolo de rebeldia, principalmente na cultura ocidental, deixando de lado todo o seu valor cultural e histórico...