Categoria: De um passado glorioso desperta… Catalão vem viver o esplendor!

De um passado glorioso desperta... Catalão vem viver o esplendor!

Observações da Academia Catalana de Letras – Rita Paranhos Bretas e Dilena Sampaio

A Academia Catalana de Letras tem observado que, na narrativa histórica tradicional, o espaço reservado a mulher é bastante limitado. Em função da perspectiva masculina, resta somente ao mundo feminino o papel de esposa, participante apenas indireta dos acontecimentos. Ao homem, geralmente cabem iniciativas políticas, econômicas e sociais. À mulher competem tarefas domésticas, obrigações com os filhos, além dos serviços de caráter religioso. Na contramão dessa perspectiva, vale a pena resgatar a vida de algumas mulheres que, cada uma a seu modo, merecem destaque na história de Catalão. Pode-se começar, por exemplo, com Rita Paranhos Bretas e com Dilena Sampaio. A primeira, viúva aos 25 anos de idade, levou uma vida de trabalho rotineiro, grande esforço e preocupações. Foi porteira servente...

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TALVEZ por Ricardo Paranhos

Quero, quando eu morrer, ser sepultado lá no cimo do monte, ao pé da grande cruz defronte da capelinha, onde me declaraste, em tom de mágoa e dor, que apesar de ser por todos execrado o nosso amor, tu me juravas que serias minha... Foi isto, eu bem me lembro, numa tarde triste de novembro. O que juraste, tu cumpriste... Eu quero agora, que jures mais e o faças sem demora, porque tal jura me é também mui necessária: - que irás, quando eu morrer, soltar as tranças cor da noite escura, orar, ao anoitecer, à luz roxa do horizonte, sobre a minha solitária sepultura, No cimo lá do monte... Dentro do frio leito, quando te ouvir gemer e soluçar, talvez eu sinta o coração, mesmo desfeito, por ti mais forte ainda palpitar... (Recebido via Luís Estevam) Foto: Rogério Garcia             BLOG DA MAYSA ABRÃO TEM...

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MINHA TERRA por Ricardo Paranhos

Ao pé do lindo Morro da Saudade, que fica apenas a um quilômetro distante, num fresco e extenso vale verdejante, entre amenas e esmeraldinas colinas estende-se a cidade. Visto de longe, especialmente cedo, o casario branco entre o arvoredo basto e sombrio, dá uma impressão exata de que a cidade, centro e extremidades, está toda dentro de uma cerrada e viridente mata. Que amenidade de clima! De que maravilhoso panorama não goza a vista, quando lá de cima do monte, que é o mais belo adorno dessa terra, se derrama pela vastidão em torno! Para as bandas do Sul, serranias afastadas, semelhantes a fitas desdobradas, de um lindo azul... Do lado oposto Vastas Campinas cor de esmeralda, que até mesmo em pleno agosto, setembro e outubro, quando o sol se torna rubro e mais escalda, conservam sempre a mesma linda cor. Digo com todo orgulho que meu peito encerra: não há lugar, aqui no...

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Observações da Academia Catalana de Letras – A tristeza do Morrinho de São João

A Academia Catalana de Letras observa que, o alto do Morrinho de São João está muito tristonho. A paisagem que se apresenta, lá de cima, é de uma cidade deserta, melancólica e silenciosa. O barulho e o dinamismo das ruas e avenidas desapareceram. Até o latido dos cães e a cantiga dos galos provocam imensa nostalgia. Poucas vezes na história, Catalão apresentou um cenário tão inesperadamente ruim. Antigamente, quando alguma danação ameaçava a cidade, os moradores caminhavam unidos, em procissão, rumo ao alto do morro, implorando a Deus o fim da tragédia. Fosse uma seca prolongada que assolasse a região, ou uma peste que ameaçasse as crianças do lugar, ou um excesso de chuvas que inundasse o vale, a...

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Recordações da Academia Catalana de Letras – Fazenda dos Casados em Catalão, Goiás

A Academia Catalana de Letras relembra que, o casamento entre um menino de 7 anos e uma menina de 5 anos de idade, deu origem à Fazenda dos Casados em Catalão. No começo, a fazenda era uma grande sesmaria que foi sendo dividida entre os filhos, dando origem às famílias Mariano e Calaça, tradicionais no município. Naquelas paragens, foi encontrada a Cruz do Anhanguera, em 1914, perto de uma das sedes da Fazenda dos Casados. A história teve início nos tempos da monarquia, quando casamento oficializado, na lei e na igreja, era novidade pelo interior do país. Geralmente os casais se juntavam e "viviam maritalmente", principalmente os que moravam em lugares ermos e mais distantes. Somente quando aparecia algum padre,...

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Recordações da Academia Catalana de Letras – Coronéis do cenário catalano na velha república

A Academia Catalana de Letras recorda que, o poder em Catalão, durante quase um século, foi exercido pelos coronéis. Na sua maioria, homens sérios e de boa conduta que fizeram o nome da cidade ser respeitado em todo o Triângulo Mineiro e nos demais municípios de Goiás. Na época da velha república, os coronéis comandaram os destinos de Catalão, cada um a seu modo, ocupando lugar privilegiado na memória dos habitantes da região. Os mais conhecidos foram: José Maria Ayres, Antonio Paranhos, Isaac da Cunha, Salomão de Paiva Rezende, João de Cerqueira Netto, Pedro Ayres, Augusto Netto Carneiro, Alfredo Paranhos, Bento Xavier Garcia, Augusto Pimentel Paranhos e José Netto Carneiro, entre outros. Mas, Catalão virou cidade antes da República Velha,...

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Recordações da Academia Catalana de Letras – Inauguração do asfalto Catalão-Goiânia em 1984

A Academia Catalana de Letras recorda que, Goiânia começou a ser construída em 1934 e, somente 50 anos depois, foi asfaltada a estrada de Catalão até a capital. O fato representou um momento ímpar com impactos em toda a região sudeste que estava, até então, mais ligada ao Triângulo Mineiro do que ao próprio estado de Goiás. Na verdade, a região esteve marginalizada por um inexplicável esquecimento por parte dos governos estaduais. Catalão situava-se numa espécie de cotovelo isolado do restante do estado. A redenção veio com a pavimentação asfáltica, em 1984, e com as alterações feitas no novo trajeto de ligação Catalão-Goiânia. A medida beneficiou uma vasta região de atividades agropastoris, comércio e indústrias de mineração. Com a nova...

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Recordações da Academia Catalana de Letras – Arraial Catuaba, hoje a cidade Ouvidor, Goiás

A Academia Catalana de Letras relembra, mais uma vez, que o primeiro nome de Ouvidor foi Catuaba. Os moradores antigos de Catalão costumavam colher a planta, naquela localidade, para fazer misturas e infusões, na ânsia de conservar a virilidade. Ouvidor é uma cidade nova, a filha mais próxima de Catalão, tão próxima que logo irá se confundir com os nossos bairros mais distantes. Antigamente, antes de existir a estrada de ferro da Rede Mineira de Viação, que fazia o percurso até Belo Horizonte (Catalão- Ouvidor - Três Ranchos - Patrocínio - Divinópolis), praticamente não existia nada naquele planalto onde hoje está Ouvidor. Tinha apenas um vasto cerrado, coberto pela variedade de uma planta chamada Catuaba. Por isso, o primeiro nome de...

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Recordações da Academia Catalana de Letras – O Ribeirão Pirapitinga

A Academia Catalana de Letras recorda, com nostalgia, que Catalão surgiu dentro de um vale muito bonito, no fundo do qual corria bravamente o ribeirão Pirapitinga. Os primeiros moradores devem ter se encantado com o relevo do local, não só pelo córrego, mas também pelas duas elevações estrategicamente colocadas pela natureza, uma ao norte e outra ao sul, batizadas de Morro da Saudade e Morro das Três Cruzes. Nesse belo cenário, viveram muitas gerações. Durante mais de dois séculos, ranchos, casas de adobe e sobrados foram surgindo paralelas ao ribeirão formando o povoado, o arraial, a vila e a cidade do Catalão. O Pirapitinga era o centro de tudo e pelo seu leito escorria a história de cada geração que habitou o...

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Recordações da Academia Catalana de Letras – Colégio Estadual João Netto de Campos

A Academia Catalana de Letras recorda que, Catalão resolveu investir na formação educacional dos jovens menos favorecidos construindo, no início da década de 1960, o Colégio Estadual João Netto de Campos. Até então, somente os estudantes mais abastados podiam arcar com mensalidades em curso secundário. A maioria dos alunos, ao terminar o curso primário, era obrigada a dar por encerrada a sua etapa estudantil. Na época, Catalão tinha cinco grupos escolares, além dos cursos equivalentes mantidos pelos padres franciscanos e pelas madres agostinianas. Era grande o número de concluintes do primário de ambos os sexos. Porém, centenas deles não ingressavam na etapa secundária por falta de escola gratuita. Ou seja, a cidade carecia de um colégio ginasial misto, público e...