A Academia Catalana de Letras recorda que, Catalão teve um prefeito que não agiu como político na sua gestão. Comportou-se como empresário e benfeitor público obedecendo apenas suas próprias convicções. Logo ao assumir nomeou uma equipe técnica de assessores independente de cor partidária. Baseou-se na capacidade e competência de cada um. Inclusive, o secretário escolhido para gerir as finanças do município pertencia ao partido adversário. Realizou muitas obras mas não gastou um centavo com foguetes e inaugurações. Utilizava o próprio carro nos trabalhos cotidianos da prefeitura e sequer abastecia o veículo com dinheiro público.
O prefeito Leovil Evangelista da Fonseca trabalhou inteiramente de graça. Os salários, a que mensalmente tinha direito, foram aplicados na construção de casas para a população...
A Academia Catalana de Letras relembra que, tirar retrato em Catalão, na metade do século passado, era uma ocasião muito especial para os moradores. Compareciam ao estúdio do fotógrafo bem arrumados, um pouco apreensivos e posavam sérios para o retrato pessoal ou da família. Nas roças, quando o retratista chegava era assunto para muitos dias. Os moradores ficavam nervosos, meio envergonhados, imóveis, quase sem respirar, aguardando o demorado instante.
Entre os retratistas pioneiros de Catalão, o mais conhecido foi José Pereira de Brito. Montou um pequeno estúdio com laboratório nas cercanias da estação ferroviária, onde trabalhou por mais de 50 anos. Zé de Brito, como era conhecido, retratou quase todos os moradores do município após a metade do século passado.
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A Academia Catalana de Letras recorda que, Catalão era um oco de mundo quando foi invadido pelos sírios que vieram, ficaram e ajudaram a construir o progresso do município. Com esses imigrantes estrangeiros, a atividade comercial foi germinando e se tornando um fator a mais no processo de civilização regional.
Geralmente os sírios começavam como mascates, às vezes a pé, malas às costas, visitando sítios, arraiais e fazendas. Eram tratados erroneamente como "turcos". Com o tempo, abriam uma lojinha modesta em ponta de rua e, mais tarde, na esquina das praças onde vendiam tecidos, rapaduras, ferragens, grãos, armarinhos, cachaça, sal, arame farpado e um punhado de quinquilharias. Tudo em perfeita desordem nas prateleiras ou amontoados no salão do estabelecimento. Quase...
A Academia Catalana de Letras reconhece que, uma grande curiosidade dos moradores de Catalão diz respeito à origem do nome da cidade. Daqui a dois anos irão completar três séculos que o lugar carrega a mesma denominação. Começou como uma fazenda, Sítio do Catalão. Virou povoado, Arraial do Catalão. Ganhou divisão municipal, Vila do Catalão. Alcançou a emancipação, Cidade de Catalão.
O nome é muito antigo. Para se ter uma ideia, quando D. João VI veio de Portugal para o Brasil, em 1808, Catalão já tinha mais de 80 anos. Quando o Brasil tornou-se independente, em 1822, a arraial do Catalão completava um século de existência. Quando aconteceu a abolição dos escravos (1888) e a proclamação da república (1889), um...
A Academia Catalana de Letras recorda que, o trabalho de Joana Gomide na prefeitura municipal, na década de 1980, se destacou pelo ineditismo.
Nunca antes, na gestão administrativa de Catalão, uma primeira dama havia criado um leque tão variado de programas sociais e comandado pessoalmente sua implementação. Dona Joaninha, como é conhecida, trabalhou diariamente no atendimento comunitário durante seis anos, sem receber qualquer remuneração pelos serviços prestados.
Em termos sociais, a década de 1980 foi bastante crítica para Catalão. A população crescia rapidamente em função do atrativo que as empresas mineradoras exercia sobre os moradores da região. O problema aumentou porque a prefeitura municipal não contava com aparato adequado para amenizar o fenômeno. Na esteira da expansão demográfica surgiam constantemente novas...
A Academia Catalana de Letras relembra que, em Catalão viveu um homem que tinha opiniões firmes, defendia o progresso da cidade e criticava abertamente qualquer chefe político que demonstrasse estar interessado em apenas arrotar valentia ou unicamente assegurar o poder. Isso ocorreu na primeira metade do século passado, um dos períodos mais violentos da história política de Catalão. Seu nome era Randolfo Campos, um advogado, professor e poeta que somente andava armado. Armado com a cultura, a bravura de caráter e uma inesgotável capacidade de trabalho.
Randolfo Campos lutou contra a transferência da Cruz do Anhanguera para a Cidade de Goiás opondo-se ao juiz Luiz do Couto e demais autoridades estaduais. Apesar de maçon, uniu-se ao Monsenhor Souza na criação...
A Academia Catalana de Letras recorda que, a cachaça foi um dos ingredientes mais usados no combate à gripe espanhola no Brasil. Inclusive, a "caipirinha" foi inventada pelos paulistas como alternativa de prevenção e de medicamento para os infectados.
Assim como no restante do país, em Catalão e Ipameri a gripe espanhola ceifou muitas vidas. O veículo transmissor foi a estrada de ferro que tinha, nestas duas cidades, a parada final dos trilhos que vinham de São Paulo.
Porém, quando tudo terminou e o mal foi debelado, o Rio de Janeiro promoveu um belo carnaval com a temática da crise que findara, São Paulo tornou a caipirinha uma bebida social e, em Catalão, Ricardo Paranhos escreveu sobre as virtudes da cachaça.
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A Academia Catalana de Letras recorda que, Catalão teve uma das maiores e mais bem equipadas bandas de música do estado de Goiás. Composta por quase trinta elementos, vindo de diferentes camadas sociais, a banda promoveu alegria para a população durante muitos anos. Era a famosa Lyrica Musical de Catalão, dirigida pelo maestro João Gonçalves Valim Pirahy. O grupo vinha se organizando aos poucos, começando a se apresentar em 1924, incentivado por Mário de Cerqueira Netto (Nhozico), intendente municipal que auxiliou na aquisição de uniformes e de instrumentos.
A banda do Pirahy, como ficou conhecida na segunda metade da década de 1920, esteve presente em praticamente todos os acontecimentos sociais do município. Era uma banda civil mas com organização e...
A Academia Catalana de Letras lembra que hoje é o aniversário de 90 anos de Haley Margon Vaz. Aproveita o ensejo para relembrar os passos que deu na trajetória de sua vida pública.
Algumas atividades surgiram, desde cedo, na vida de Haley. Ainda adolescente havia sido o primeiro presidente e fundador do Grêmio Estudantil do Ginásio Presidente Roosevelt. Anos depois, assumiu a presidência do Rotary Clube e a direção do Clube Recreativo e Atlético Catalano (CRAC). E, em 1967, fazia parte da direção quando o CRAC ganhou o seu primeiro campeonato estadual.
A participação de Haley no CRAC foi muito interessante. De fato, até 1965 era o técnico do time que ainda não disputara campeonatos estaduais. Mas, naquele ano, resolveram profissionalizar...
A Academia Catalana de Letras lembra que, o passado de Catalão não se resume ao simples coronelismo. Enquanto jagunços e chefes políticos atuavam no município, outros filhos de Catalão exerciam tarefas importantes e admiráveis. No início da República, por exemplo, haviam somente três médicos formados em todo o território de Goiás e, dois deles eram filhos de Catalão: Josias Leopoldo Victor Rodrigues e José Netto de Campos Carneiro. O primeiro, exercendo a medicina em Catalão e no Rio de Janeiro, era filho do farmacêutico Chico Manco e Felicidade da Silveira Rodrigues, fundadores da Botica Felicidade. O segundo, o mais conhecido profissional da saúde no âmbito estadual, era filho do Major João Netto Carneiro Leão e Francisca de Cerqueira Netto.
Fora...