A Academia Catalana de Letras tem, entre os seus membros, um dos maiores escritores brasileiros da atualidade. Muitos catalanos ainda não sabem disso. Mas, o acadêmico William Agel de Mello é tradutor, ensaísta, escritor poliglota e dicionarista. Tem 58 livros publicados em vários países, sendo também autor de 28 dicionários bilíngues. Sua obra, no cômputo geral, constitui o maior conjunto lexicográfico do mundo, centrado numa língua neolatina, tanto que alcançou 6 (seis) recordes mundiais, com mais de 11.000 páginas escritas. Como diplomata, trabalhou em diversos países da Europa, América Latina, Ásia e África. Durante certo tempo, no serviço diplomático, foi secretário e amigo de João Guimarães Rosa, a quem chamava de "mestre". Foram mais de três anos de relacionamento,...
A Academia Catalana de Letras alerta que, Catalão sempre teve muitas e variadas espécies de cobras venenosas. Até mesmo na área urbana, porque a cidade foi sendo plantada na beira de córrego entre matagais, brejos e grotas. Na década de 1920, as ruas eram cobertas de capim, existindo apenas trieiros abertos pelos moradores e animais, o que facilitava a disseminação de aranhas, escorpiões e cobras. Foi nessa época, que passou por aqui o famoso médico Vital Brazil, pesquisador e descobridor do soro antiofídico. Antes de suas descobertas, o único remédio para picadas de cobra, além da tradicional benzedura, era um soro importado, retirado da Naja, que não exercia efeito sobre as espécies de cobras nativas. Vital Brazil pesquisava diferentes...
A Academia Catalana de Letras relembra que, a ligação ferroviária entre Catalão e Belo Horizonte foi implantada com muitas dificuldades e durou quarenta anos. Durante a sua construção, no início do percurso entre Catalão e Ouvidor, aconteceu um massacre de ferroviários em que doze morreram na hora, quarenta ficaram feridos e vários desaparecidos. O conflito entre os trabalhadores da estrada de ferro e o chefe político de Catalão, Isaac da Cunha, se deu por causa do assassinato de uma prostituta, Emerenciana Neiva, cometido por dois ferroviários bêbados. Ela era amasia do comandante do destacamento policial de Catalão, um alferes conhecido por "Suan de Vaca" devido a sua feiúra, alto porte e estrutura desengonçada. De imediato, esse policial enviou um...
A Academia Catalana de Letras informa que, no próximo mês de outubro, a Loja Maçonica Paz e Amor III completará 106 anos de existência. Em 1913, momento em que os trilhos da estrada de ferro chegavam a Catalão, a cidade estava imersa em uma teia de conflitos, onde tudo se resolvia de forma violenta. Até na inauguração da estação ferroviária, o deputado Ricardo Paranhos não pôde discursar, ameaçado de perto pelo revólver de Isaac da Cunha. Nesse contexto, alguns homens ordeiros e de bons costumes resolveram fundar uma loja maçonica. Usaram o nome sugestivo de Paz e Amor, numa terra onde imperava a desavença e o ódio. Os pioneiros foram: Bento Xavier Garcia, Victor Grezzi, Alfredo Sampaio, João César...
A Academia Catalana de Letras relembra que, aos domingos, desde antigamente, os moradores de Catalão sempre buscavam alguma forma de diversão. E sempre encontravam. Na zona rural, poucos eram os finais de semana em que não haviam pagodes nos povoados e fazendas da região. Na cidade, em domingos e feriados, a atração eram os jogos de futebol. Vários times fizeram parte da história do município. Para relembrar um episódio esportivo, na metade do século passado haviam dois adversários fortes em Catalão. Um era o time do José Marcelino, construtor baiano, que virou nome de avenida na cidade. O outro time era patrocinado pela Usina Martins do industrial catalano, Chico Cassiano. Várias vezes, as duas equipes se enfrentaram heroicamente para...
A Academia Catalana de Letras pretende fazer, para o ano que vem, um Guia Afetivo de Catalão. Lugares públicos que, de alguma maneira, emocionam o cidadão, remetem à história do município e despertam a curiosidade dos moradores. Um desses logradouros será, com certeza, o Córrego do Almoço. Desde a bandeira do Anhanguera, no século XVIII, aquele pequeno manancial foi mencionado em velhos documentos. Parece ter sido ali, o local em que a comitiva dos valentes bandeirantes estacionou, antes de reiniciar a viagem. Mais tarde, em 1810, o Córrego do Almoço foi referência para a doação de terras, por um fazendeiro, para a capela do arraial do Catalão. Com o tempo, a travessia do pequeno córrego serviu para descanso de...
A Academia Catalana de Letras lembra que estamos na Semana da Pátria. No próximo dia 07 o país completa 197 anos de independência. Quando Dom Pedro I levantou sua espada e gritou "Independência ou Morte", em 07 de Setembro de 1822, o Brasil era ainda muito pobre, repleto de escravos negros e dominado pelo analfabetismo. Mas, o gesto de rebeldia, às margens do riacho Ipiranga, fundou uma nação e delimitou um novo país. Nessa época, às margens do riacho Pirapitinga, a história era outra. Catalão existia enquanto tímido e longínquo arraial do interior. Pouco antes da independência brasileira, tinha somente 18 casas de adobe e alguns ranchos de palha situados ao longo do córrego. Uma pequena comunidade sertaneja. Um...
A Academia Catalana de Letras presenciou, no último sábado, a Caminhada Agostiniana, no centro da cidade, em alusão aos 98 anos do Colégio Nossa Senhora Mãe de Deus. Quem viu os estudantes em livre caminhada, pelas avenidas de Catalão, não deixou de se emocionar relembrando a admirável história daquele educandário. Uma sementinha lançada há quase um século e que frutificou... Tudo começou em 1920. Catalão contava com apenas 3.000 habitantes, possuindo um grupo escolar com pouco mais de 100 alunos e um colégio dos padres que logo se fechou. Nessa época, o...
A Academia Catalana de Letras registra que, Catalão participou ativamente da Guerra do Paraguai, oferecendo um grupo de 27 voluntários e o comando de um tenente-coronel. A partida para a guerra se deu no Distrito de Vai-vem, município de Catalão, em abril de 1865, quando o comandante, Tenente-Coronel Antonio da Silva Paranhos, discursou solenemente em tom melancólico, de verdadeira despedida. Frisou que: "É este, pois, o lugar que designei para dizer-vos o adeus da despedida e apertar-vos em meus braços. É este, pois, um dos momentos mais graves da minha vida pública e um dos lances mais tristes por que tenho passado (...) Adeus... adeus, meus amigos". O próprio Coronel Paranhos comandou o 9° Batalhão de Voluntários da Pátria,...
A Academia Catalana de Letras recorda que, no tempo das tropas e boiadas, Catalão teve uma das pousadas mais famosas do interior brasileiro: a Pousada da Mogiana. Essa estalagem, inclusive, foi mencionada por Guimarães Rosa, em "Grande Sertão: Veredas", como um local de pouso muito reverenciado por tropeiros e boiadeiros nas primeiras décadas do século passado.
Marcelina de Freitas era a dona do estabelecimento e ganhou o apelido de "Mogiana" porque era enrabichada com um funcionário da Estrada de Ferro Mogiana de Araguari-MG.Tudo começou pouco antes de 1920, quando Marcelina abriu um bordel na antiga Praça Uberlândia, abaixo dos trilhos, muito bem frequentado e conhecido como "Chalé da Marcelina". Ganhou muito dinheiro no ramo e conseguiu adquirir uma chácara, conhecida...