A Academia Catalana de Letras recorda que, na época em que a estrada de ferro foi inaugurada em Goiás, precisamente em 1913, todas as estações pertenciam a Catalão. Não existiam ainda os municípios de Anhanguera, Cumari e nem Goiandira. Tudo era município de Catalão. Somente a partir de 1930 foram desanexados os distritos que se tornaram cidades: Goiandira (1931), Cumari (1947), Anhanguera (1953) e Nova Aurora (1953).
Evidente que, cada um deles carrega uma velha e curiosa história.
Goiandira teve seu marco inicial em 1800, quando o aventureiro Tomaz Garcia, vindo de Minas Gerais, tomou posse de vasta extensão de terras sob a denominação de Sesmaria do Campo Limpo. Dizem que comprou e pagou aquelas terras em dinheiro. Mas, quando o...
A Academia Catalana de Letras recorda que, o primeiro nome de Ouvidor foi Catuaba. Antes de existir a cidade, aquele planalto era quase todo ocupado por essa planta nativa. Tanto que, quando surgiram os primeiros moradores, o arraial passou a ser conhecido por Catuaba, planta medicinal, afrodisíaca, usada em beberagem, infusões e engarrafada com vinho ou cachaça pelos antigos coronéis e moradores de nossa região. Diziam que a Catuaba conservava a virilidade sexual até o fim da vida!
Entre os habitantes pioneiros de Catuaba estiveram o Major Irineu Francisco do Nascimento Pereira, Querubino Ribeiro, Eliseu da Silva, José Ramos , Antonio Torquato, Vigilato Evangelista Ferreira, Francisco de Assis, Homero Pereira de Assis e João Galdino Pereira.
Quando iniciou a exploração do...
A Academia Catalana de Letras recorda que, em agosto de 1985 foi inaugurado o Estádio Municipal Alberto Mendes, bem no alto do bairro São João. Dotado de arquibancadas, vestiários, cercado de alambrados e todo gramado, foi um verdadeiro presente do prefeito Haley Margon para aquela comunidade. O que poucos sabem, talvez, é a razão da homenagem e quem foi Alberto Mendes. Para tanto, precisamos recuar ainda mais no tempo. No primeiro quartel do século passado, o Catalão Futebol Clube era um time muito respeitado em toda a nossa região. Inclusive, em 1923...
A Academia Catalana de Letras reconhece que, a história de Catalão se confunde com a história da imigração estrangeira no município. Uma cidade hospitaleira que ofereceu espaço para as mais diversas atividades comerciais e industriais.
No início do século passado, meio à leva de imigrantes que chegava a Catalão, um casal de italianos despontou na cidade. A dupla veio a convite do sogro, conhecido por Baronni, um velho italiano que já havia se instalado na cidade desde o início do século. As razões que haviam levado Baronni a deixar sua Calábria e vir se instalar bem no interior do Brasil nunca se soube. O rapaz que chegava, seu genro, há tempo havia deixado sua terra natal, inclusive, ficado por uma...
A Academia Catalana de Letras relembra que, vários bandos armados assolaram a região de Catalão ao longo de sua história. Um dos mais cruéis foi o do João Afonso, um descendente de índios que circulava, acompanhado de membros de sua família, pelas matas que dividem Goiás e Minas Gerais. Tinha o seu covil no porto Mão-de-Pau, às margens do Paranaíba e interferia, sempre que contratado, em todas as brigas políticas ou desentendimentos que houvessem na região. Agiu muitas vezes na própria cidade de Catalão depois da metade do século XIX. Conta-se que matava, quase sempre com uma comprida faca, depois dirigia-se a um rego d'água que passava na praça da velha matriz e calmamente lavava o sangue da lâmina,...
A Academia Catalana de Letras reconhece que, grande parte do desenvolvimento econômico de Catalão se deve ao trabalho e esforço dos imigrantes estrangeiros. Eles foram chegando à cidade, no início do século passado, se dedicando principalmente ao comércio e à indústria.
Um deles foi Nicolau Abrão, que chegou ao Brasil, no final de 1927, vindo de Damasco, capital da Síria, aos 17 anos de idade. Do porto de Santos veio direto para a casa de um primo seu, David Abrão, em Vianópolis-GO, com quem começou a trabalhar, como mascate, vendendo bijuterias na região de Anápolis. A princípio, andava a pé, tomando chuva, sol e passando frio. Seu primo tinha uma...
A Academia Catalana de Letras recorda que, a vida econômica e social de Três Ranchos, desde os seus primórdios, está intimamente ligada ao Rio Paranaíba. Primeiro, o arraial existiu como ponto de travessia fluvial, mais tarde se tornou vila de extração de diamantes e, atualmente virou cidade turística ribeirinha. O lugarejo de Três Ranchos surgiu às margens da velha Estrada Real, próximo aos portos Praia Rica, Mata-Padre e Mão-de-Pau, utilizados na travessia do rio Paranaíba. Sua denominação é muito antiga e remonta à época imperial. Pode ter aparecido em função de ranchos de pouso e estalagem para viajantes que cruzavam o Rio ou, de acordo com publicação do IBGE (1954), o nome esteve ligado a um quilombo de três...
A Academia Catalana de Letras observa que, a TV Anhanguera está promovendo, neste ano, uma bela campanha em memória do seu fundador, Jaime Câmara, que estaria completando 110 anos. Aproveita o ensejo para lembrar que o ilustre jornalista fez parte da Academia Catalana de Letras, cadeira n. 13, e recebeu o título de Cidadão Catalano em uma festa memorável que movimentou, há 41 anos, a nossa cidade. No dia 17 de agosto de 1978, em sessão conjunta, a Câmara Municipal de Catalão e a Academia Catalana de Letras homenagearam o jornalista e escritor. Jaime Câmara foi recepcionado à entrada da cidade por grande número de catalanos que o aguardavam para um coquetel no Restaurante JK. Naquele mesmo dia, à...
A Academia Catalana de Letras esclarece que, quando o bandeirante Anhanguera passou por aqui não havia ainda definida uma Capitania de Goiás, nem Província de Goiás e, muito menos, Estado de Goiás. Na época, esse território fazia parte da enorme Capitania de São Paulo e existiam somente algumas aldeias de índios goyases espalhadas pelo sertão. Da nação dos goyases é que veio o nome do futuro território: Goyaz, que significa "ajuntamento de irmãos, amigos". Em 1749, 27 anos depois da expedição do Anhanguera, veio o primeiro governador nomeado para a recém criada Capitania dos Goyases, D. Marcos de Noronha, o Conde dos Arcos. Foi ele que mandou definir os limites para o território, que ficou basicamente delineado pelos rios....
A Academia Catalana de Letras acredita que, todo mundo tem uma história pra contar quando olha para o Morrinho de São João. Quase sempre, alegres recordações. Mas, às vezes, tristes lembranças. Ninguém contempla o Morrinho de São João impunemente. Muita energia deve estar acumulada nas cercanias daquela pequena capela. Quantas juras de amor foram feitas e ali declamadas, de geração em geração, levadas pelo vento brando para o infinito? Quantas vontades contrariadas, amores ali findados, em que os pares desceram tristemente separados os caminhos da colina? Poetas e escritores, quando saíam de Catalão, despediam-se da cidade, melancólicos, do alto do São João. Quando voltavam, subiam eufóricos, para sentir o gozo do retorno. O morro, que já recebeu tantos nomes...