Catalão, joia rara do sertão goiano Por Maysa Abrão
Estou acostumada a registrar a história de Catalão por meio da lente de minha câmera. Hoje, 20 de Agosto de 2019, ouso transmitir com o mesmo sentimento em que transformo ângulos, enquadramentos, luz em imagens da história da cidade, agora em texto repleto de carinho.
Tarefa não tão fácil, mas por minha Catalão, arrisco a me expressar com os mesmos sentimentos colocados nas fotografias, a arte de transformar letras, silabas, palavras no que sinto desta jovem senhora que hoje completa 160 anos de emancipação política.
Quando criança, todos os dias, abria a janela da casa de meu pai e me deparava com uma cidade que me fascinava. Se não bastasse estar todos os dias exercendo esse mesmo ritual, atravessava a rua para ficar debruçada na janela da casa de meus avós, Nicolau e Samira, admirando bem de perto o movimento de pessoas, sentindo o cheiro das rosas multicoloridas sendo aguadas pelo caminhão pipa todas as manhãs.
Acompanhava atenta o ir e vir de carros, e pessoas, a movimentação dos carroceiros que faziam ponto no chafariz da antiga estação do trem. Momentos que fazem parte das minhas memórias afetivas. Há, não posso esquecer, dos sabores e aromas das frutas vendidas na esquina do comércio de meus avós pelo Sr. “Chico Batata”; também relembro o colorido das ruas adjacentes no mês de outubro, quando se transformavam e ainda transformam num tapete de lonas avisando a chegada da festa da Mamãe do Rosário. Era muito bom assistir ao movimento de pessoas transitando pelas ruas com bolas enormes de plástico, cachorros de gesso, baldes, panelas e bacias.
Mas, o encantador foi poder assistir a lapidação do diamante bruto chamado Athenas de Goiás, essa joia rara rica em minérios, movimentada pelo progresso levando nosso “ouro em pó” pelos vagões do trem. O mesmo que trouxe para cá, nos idos de 1900, os primeiros imigrantes árabes, espanhóis, asiáticos, italianos que fincaram suas raízes aqui, constituíram famílias e contribuíram com o progresso da jovem Catalão que hoje, uma jovem senhora, ainda clama pela modernidade.
E pensar que foram os filhos destes imigrantes, seus netos, bisnetos que hoje assumem para si a função de dar continuidade ao comando desta cidade, redimensionando o olhar visionário de outrora, buscando e incentivando o crescimento e o bem estar de nossa população.
Catalão viveu a partir dos anos 2000 um reencontro com o progresso, com a vivacidade de todos os setores sociais. A educação é exemplo nacional, o crescimento industrial reconhecido, o terceiro setor em franca expansão, novas famílias se fixaram contribuindo para o aumento populacional. A cidade vem crescendo desde então a passos largos sem perder por completo o ar de interior. Nem mesmo o céu de concreto que se forma com os novos condomínios verticais tem ofuscado essa sua característica tão marcante que faz as pessoas de perto e de longe abraçarem o seu slogan dizendo: Viver aqui é bom demais!
Se Catalão vive hoje toda essa pujança é porque nós, catalanos, soubemos escolher bem nossos representantes, em especial nosso prefeito que como bom Catalano, não administra simplesmente a cidade, ele a vive 24 horas por dia. Sabe o que sua população deseja, se coloca não só como mero administrador, mas como morador que almeja viver em uma cidade que brilha e projeta num arco íris de cores os anseios e desejos de todos os moradores da cidade. Nosso prefeito é o artesão que tem moldado com sensibilidade cada vinco dessa pedra bruta chamada Catalão, a deixando mais harmoniosa, mais resplandecente, mais viva e fazendo jus ao codinome Athenas de Goiás!
Talvez minha ousadia por enveredar na escrita venha dos mistérios que envolvem a cidade e que têm sido descortinados. E o que tanto me fascina e me faz dizer com orgulho: SOU CATALANA! O BLOG MAYSA ABRÃO parabeniza Catalão, aos catalanos e aplaude a Gestão Adib Elias nesses 160 anos. Saúde e vida longa!
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