Acho que alguém da família está envolvido com drogas: o que fazer? – Psicóloga Mayara Cardoso

Oi pessoal!

Hoje, trago mais um texto a respeito do tema Dependência Química pra vocês. Após meu primeiro artigo publicado aqui no blog da Maysa, recebi contatos com dúvidas a respeito de como abordar uma pessoa que vem fazendo uso de drogas, mas que não aceita que toque nesse assunto.

Inicialmente, precisamos relembrar que já disse por aqui que há diferença entre uso nocivo, abusivo e dependência de drogas. Isso porque, é necessário deixar claro que não é pelo fato de que você bebe cerveja, que você é considerado um alcoolista, por exemplo. Atualmente, a maioria das pessoas faz uso de algum tipo de droga, sendo especialmente as lícitas. Quer dizer, aquelas que são aceitas socialmente. Acabamos de encerrar um feriado extremamente popular em nosso país, e que pra muitas pessoas, é sinônimo de beber (bebidas alcóolicas) até perder os sentidos. Caso a pessoa não beba “até morrer”, não terá aproveitado a festa como se deve. Esse tipo de crença se torna cada dia mais comum e é preocupante.

Pois bem, quando se fala em uso de drogas, não se deve pensar somente em substâncias ilegais, como maconha, crack, cocaína ou ecstasy! Álcool e tabaco também são considerados drogas e podem levar à dependência. E então, como abordar seu amigo que toma sua cervejinha todo dia no espetinho após o expediente?

Ao se tornar dependente químico, a pessoa que faz uso de qualquer tipo de droga, demora pra aceitar que é doente. Geralmente, a família também demora para perceber que isso acontece em sua casa, e ao descobrir, costuma negar por um tempo, acreditando que seja somente uma “fase ruim” que seu ente está passando.

Voltando ao uso do álcool, essa questão é ainda mais complicada, pelo fato de essa droga ser aceita socialmente e de certa forma, incentivada pela nossa cultura. O usuário demora para entender sua dependência, principalmente porque todos seus amigos bebem com ele, aos finais de semana, happy hours, festas ou qualquer ocasião que seja. Como já disse, o uso de álcool é visto como “normal” perante a maioria da sociedade. E a família, também tem certa dificuldade em perceber e aceitar a gravidade do problema.

Ressaltando mais uma vez, que nem todo usuário de álcool é dependente de tal droga, tá bom, gente?! Para saber a respeito disso, é necessário procurar um profissional especializado para dar tal diagnóstico.

Abordar qualquer pessoa que apresente problemas com drogas, não é uma tarefa fácil; até mesmo para nós profissionais. Isso porque inicialmente, o indivíduo tende a negar que tenha uma doença, e consequentemente, não aceita nenhum tipo de ajuda.

O que é importante deixar claro aqui, é que se há suspeita de uso de drogas de algum familiar, é necessário observar seus comportamentos e tentar manter o diálogo. Mexer nos objetos da pessoa, cheirar roupas, vasculhar celular, redes sociais, enfim, pode fazer com que a pessoa fique mais irritada, se sinta invadida e aí pode ficar mais difícil acessar esse assunto.

Finalizando, é necessário procurar ajuda profissional especializada para encontrar a melhor maneira de acessar e iniciar um tratamento adequado para cada caso.

Espero ter esclarecido mais um pouco sobre o tema da Dependência Química pra vocês!!! E se houver algum assunto que você tenha interesse que eu escreva aqui pro blog, entre em contato comigo: 999424221 ou   [email protected]

Até a próxima, pessoal!

Abraço!

 

Mayara Cardoso.

Psicóloga especialista em Dependência Química

Estudiosa da temática dos relacionamentos afetivos, numa busca constante do que é o amor saudável.

CRP 09/008056

Atende na Clínica Fisio Center, situada à avenida dr. Willian Fayad nº 335, Centro, Catalão-GO, 34425143.