Série “Saberes Ancestrais”, sobre preservação do meio ambiente e da cultura popular mineira, estreia na Rede Minas e na EMCPlay
Os jornalistas Juliana Perdigão e Odilon Amaral percorreram quase 6 mil km para mostrar as diferentes tradições, técnicas e artes produzidas em várias regiões do estado (Foto Reprodução)
Primeira série do Projeto Preserva, que viaja para mostrar exemplos de sustentabilidade, preservação ambiental e também cultural, “Saberes Ancestrais” estreia nesta sexta-feira (22), Dia Mundial da Água, às 18h30, na Rede Minas, com reprise no sábado (23), às 11h15. A produção audiovisual, capitaneada pelos jornalistas Juliana Perdigão e Odilon Amaral, tem cinco episódios e o primeiro, “A carranca e o Rio São Francisco”, já está disponível na plataforma EMCPlay. “Saberes Ancestrais” também será exibida no YouTube oficial do projeto, com episódios indo ao ar sempre às sextas-feiras.
A série documental traz, em cinco episódios, histórias que mostram como a natureza e seus recursos impactam a vida das comunidades do interior de Minas Gerais, sendo importante não só para a economia, como também para a formação da cultura local. A equipe percorreu quase 6 mil km para mostrar as diferentes tradições, técnicas e artes produzidas em várias regiões do estado.
O primeiro episódio, gravado em Pirapora, trata do universo do Rio São Francisco, suas lendas, seus trabalhadores, sua arte e seus desafios ambientais. Dirigido por Juliana Perdigão e Odilon Amaral, jornalistas com grande experiência em produções audiovisuais, a série apresenta um mergulho nas tradições e no modo mineiro de fazer arte e artesanato – transmitido há anos, por gerações – com histórias e paisagens de tirar o fôlego. A dupla visitou diferentes regiões do estado, entre março e setembro de 2023, mostrando a grandeza e a diversidade ambiental e cultural de Minas Gerais. Foram registradas várias técnicas tradicionais mineiras, como a cerâmica e a tecelagem, do Vale do Jequitinhonha; a escultura, com as carrancas do Rio São Francisco; o bordado, típico da Serra do Espinhaço; além da panha e do trabalho feito com a planta sempre-viva, também na região da Serra do Espinhaço, que recebeu da ONU o título de Patrimônio Agrícola Mundial.
A ancestralidade e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
O critério para a escolha dos lugares e artistas para a série foi a ancestralidade presente nas técnicas que garantem uso sustentável da matéria-prima local. Esses saberes preservam os recursos naturais, geram pertencimento comunitário e movimentam as economias locais. Não por acaso, a salvaguarda desses patrimônios está entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), criados pela ONU, em 2015, como um apelo global para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima, entre outras questões.
Saberes Ancestrais | Episódio 1: A carranca e o Rio São Francisco
Episódio gravado em Pirapora, norte de Minas, mostra os saberes da navegação no rio São Francisco, a partir das histórias dos pescadores e da tripulação do barco à vapor Benjamim Guimarães. Destaca também o trabalho dos artesãos que herdaram a técnica de escultura dos mestres carranqueiros. As carrancas, inicialmente usadas para proteção dos barcos, hoje são arte e também são um dos saberes do rio.