Janeiro Roxo: no mês dedicado ao alerta para a Hanseníase população participa de palestra

Aconteceu na manhã desta quarta-feira (22), na Unidade Básica de Saúde João Moreira de Castro (Postinho do bairro São João), uma palestra aberta à comunidade para falar sobre a Hanseníase. O evento foi apenas mais uma ação do tipo, organizada pela Prefeitura por meio da Secretaria Municipal de Saúde, nesse mês de janeiro que marca oficialmente a temporada de alerta com foco para o diagnóstico precoce, combate e prevenção à doença.

De acordo com o município, cerca de 40 pessoas participaram da palestra: homens, mulheres, idosos e até jovens. A médica responsável pelo programa desenvolvido na unidade, Dra. Elaine Rosa Teixeira, falou sobre os sintomas, as causas, o tratamento da doença e aproveitou para esclarecer dúvidas da população. Na oportunidade também foram entregues panfletos informativos para os presentes. Lembrando que a doença acomete qualquer pessoa, independentemente de sexo, idade ou classe social.

O Secretário Municipal de Saúde, Velomar Rios, esteve na unidade e acompanhou todo o trabalho de orientação da equipe. Segundo ele, Catalão está com índice da doença quase cinco vezes acima do preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que é de 1.5 caso para cada 10 mil habitantes. E apesar do índice elevado, a estatística mostra que o município está atento e voltado para o cuidado da população com a oferta de um programa eficiente para o diagnóstico e tratamento. “Então se aqui, esse índice está alto, é porque aqui tem resposta. É uma preocupação do município e uma oferta gratuita para garantir a saúde das pessoas. Com esse serviço mostramos e comprovamos que em 6 meses, 10 meses ou 1 ano, na maioria dos casos, o paciente de hanseníase é curado. Basta apenas fazer o acompanhamento. Então, são inúmeras pessoas que já passaram por esse tratamento e que hoje estão totalmente libertadas do mal da hanseníase. E como o mês de janeiro é um mês dedicado a ela, várias ações como essa da secretaria já foram e continuarão sendo desenvolvidas com maior dedicação ao longo de todos esse período”, destacou Velomar Rios

A costureira Maria Helena Ribeiro participou da ação e achou ótimo tantas informações recebidas. “Eu gostei muito porque antigamente as pessoas não tinham conhecimento dessas coisas. Minha vizinha teve a doença, eu via e achava estranho. Mas, hoje aqui pude entender e conhecer muitos detalhes. É bom que nós da comunidade estamos tendo essa oportunidade de esclarecer pra cuidar da nossa saúde”, disse ela.

Casos e atendimentos

Atualmente, 28 pacientes portadores de Hanseníase recebem acompanhamento em Catalão. A UBS João Moreira de Castro é a única que presta atendimento, tratamento especializado e gratuito para a doença. Qualquer pessoa com dúvidas ou suspeita de hanseníase pode agendar gratuitamente uma consulta médica. O agendamento deve ser feito de segunda à sexta-feira, das 07h às 17 horas. O telefone em caso de dúvidas ou para mais informações é o 3441-1802.

Hanseníase

A hanseníase, antigamente conhecida como lepra, é uma doença infecciosa, transmissível e curável que atinge principalmente a pele e os nervos periféricos, mas também pode afetar outros órgãos como o fígado, os testículos e os olhos. A doença é causada por um micróbio que ataca a pele e a mucosa nasal e sua transmissão acontece através das vias respiratórias, caso o portador não esteja sendo tratado. Ainda de acordo com a Organização Mundial de Saúde, a maior parte da população é resistente ao micróbio e não desenvolve a doença.

Os principais sintomas na pele são manchas avermelhadas ou esbranquiçadas em regiões que perdem a sensibilidade, perda de pêlos na região afetada, nódulos, dores, cãibras, formigamento de mãos e pés. Já nos nervos, há a perda de movimento de pés e mãos, diminuição da força muscular, ressecamento dos olhos, atrofia dos dedos. A hanseníase tem uma evolução lenta e, em média, 95% dos bacilos são eliminados na primeira dose do tratamento, ficando incapaz de transmitir a doença a outras pessoas. A manifestação da doença depende muito do sistema imunológico do indivíduo.

A hanseníase não é transmitida através de:

– Copos, pratos, talheres, portanto não há necessidade de separar utensílios domésticos da pessoa com hanseníase;

– Assentos, como cadeiras, bancos;

– Apertos de mão, abraço, beijo e contatos rápidos em transporte coletivos ou serviços de saúde;

– Picada de inseto;

– Relação sexual;

– Aleitamento materno;

– Doação de sangue;

– Herança genética ou congênita (gravidez).

ASCOM – Prefeitura de Catalão

 

 

 

 

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