Flores do Rosário – Por Hilany Loise
E chega ao fim mais uma grandiosa Festa em Louvor à Nossa Senhora do Rosário na cidade de Catalão, interior do Estado, esta que une cores e estilos diferentes encantando a todos que os assistem por onde passam. Ao todo são cerca de 5000 dançadores e bandeirinhas em 24 ternos de congo da cidade e 1 visitante da capital, são esses: Catupés, Vilão, Moçambiques, Penacho e Congo, todos com o mesmo objetivo de pedir e agradecer as bênçãos recebidas pela santa padroeira. As bandeirinhas são as meninas que estão a frente de cada terno, que impulsionam os caminhos de todos e trazem graça e beleza a primeira vista. As mesmas podem ser chamadas de flores, já que em um jardim florido há mais charme e encantamento, elas são as responsáveis pelas bandeiras e estandartes que mostram os santos e pessoas homenageadas, fazendo com que as pessoas possam identificar qual terno de congo elas representam.
Com o intuito de aprofundar mais no mundo por trás de todas essas meninas colhemos depoimentos de algumas, essas estão a frente de toda a organização e preparo para que tudo ocorra bem até os dias principais de congada na cidade. “Esse ano eu tive muitas dificuldades por estar sozinha no meio de 200 bandeirinhas, mas a maior foi saber demonstrar para as pessoas o que é a Festa do Rosário em si, fazer com que elas olhem que tudo vai além de apresentação e sim demonstrar nossa fé independente de qualquer coisa, eu não caminho nossas bandeirinhas sem nossos dançadores, nós somos um terno, nós somos a abertura para Nossa Senhora e mantemos o respeito uns pelos outros.” Diz Thatyane Rosa dos Santos que com 23 anos é quem está a frente de todas as bandeirinhas do terno Catupé Cacunda de Nossa Senhora do Rosário (Catupé Branco), filha do capitão e fundador Carlos Francisco da Silva, dedica seu tempo e amor para com todas as meninas que integram o terno de sua família.
(Reprodução foto: Acervo pessoal Catupé Branco)
“Gratidão, essa é a palavra que me define nesse momento – diz Isabella Rosa da Silva, bandeirinha do terno Vilão de Santa Efigênia (Vilão 1) – passo o ano todo pedindo benção para Nossa Senhora e quando finalmente a Festa chega, vejo e entendo que tudo que pedi durante o ano todo foi atendido, e por isso danço pra ela, agradecendo por tudo sempre”.
(Reprodução foto: Hilany Loise)
“Nos saímos de Goiânia pela fé, pois passamos por dificuldades de financiamento e deixamos isso de lado para estarmos aqui louvando à Nossa Senhora, não tem distância que nos impeça de vir” Daniele da Silva Paula veio de Goiânia com o Terno de Congo São Benedito, esse que todos os anos participam na cidade de Catalão.
(Reprodução foto: Acervo pessoal Congo São Benedito)
“Esse ano foi o ano das emoções, pois foi o primeiro ano na linha (parte instrumental do terno), porem o meu momento mais emocionante, foi quando minha mãe me passou a responsabilidade de cuidar e zelar da bandeira e das nossas bandeirinhas, papel esse que vem passando de geração em geração, e que dessa vez fui presenteada com esse cargo, dancei durante 19 anos na bandeira, então para mim e uma honra, cuidar dela.” É o depoimento de Layllane Assunção, integrante do terno Moçambique Coração de Maria.
(Reprodução foto: Tatane Borges)
Costuma -se intitular o mês de Outubro como o mês mais lindo da cidade, mês que há cores e batuques das caixas que trás arrepios e boas sensações, é uma tradição centenária que mora
nos corações de todos os catalanos, ensinada desde os pequenos para que nunca se esqueçam a ancestralidade vinda dos negros e mantida até os dias atuais.A mistura perfeita de fé e respeito ao catolicismo.
(Reprodução foto: Hilany Loise)
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