Metalúrgicos intensificam greve com panelaço
Na manhã da última quarta-feira (14), os trabalhadores da Mitsubishi realizaram um panelaço na cidade para intensificar o movimento grevista. Eles percorrem aproximadamente 8km batendo panelas e protestando contra a intransigência da montadora. Os metalúrgicos reivindicam reajustes no salário e no cartão alimentação e também um abono.
Os trabalhadores se concentraram na porta da fábrica, no distrito industrial, participaram de assembleia e, logo em seguida, percorreram as ruas da cidade até chegar ao centro. O ato foi encerrado, às 11 horas, em frente a seguradora/corretora da Mitsubishi, no bairro Mãe de Deus. Depois os metalúrgicos retornaram para casa.
A mobilização intensa surtiu efeito, pois a empresa já convocou o Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (SIMECAT) para uma reunião ainda nesta tarde. Os representantes da montadora anteciparam, por telefone, que uma nova proposta deve ser apresentada aos trabalhadores. “Nossa greve está muito organizada e os trabalhadores estão conscientes de que estão pedindo o justo. Tentamos de todas as maneiras entrar num acordo, mas a empresa não colaborou, por isso fomos ao extremo. Esperamos que a empresa se sensibilize e faça uma proposta decente”, explica o presidente do SIMECAT, Carlos Albino.
A campanha salarial foi lançada em 29 de setembro e, desde então, os representantes da empresa têm sido intransigentes na mesa de negociação. A proposta ofertada pela montadora garante 8% de reajuste salarial a partir de janeiro/2017; 8% de aumento no cartão alimentação; cartão alimentação dobrado em dezembro e R$ 1.660 de abono. Porém, as reivindicações dos trabalhadores são 8,5% de reajuste salarial (índice que corresponde a inflação do período da data-base – 1° de novembro); 8,5% de aumento no cartão alimentação; cartão alimentação dobrado em dezembro e R$ 3.500 de abono.
A greve foi deflagrada na última sexta-feira (9) e completa hoje o quarto dia de paralisação. Cerca de 2.100 trabalhadores estão parados. Aproximadamente 100 veículos deixaram de ser produzidos por dia. O movimento grevista conta com apoio de dirigentes sindicais de Catalão, Anápolis, Itumbiara, Goiânia, São Paulo-SP, Gravataí-RS, São Caetano-SP, Volta Redonda-RJ e Curitiba-PR.
Por Juliana Barbosa – Assessoria de Imprensa SIMECAT